19 de março de 2009

O Esforço que compensa

O esforço constitui uma realidade sempre presente na vida humana.

Sempre que se trata de realizar alguma conquista, ele se faz necessário

Qualquer que seja a área da atividade, realizações não surgem do nada.

Os atletas que encantam por suas habilidades têm um histórico de treinos exaustivos.

O sucesso no vestibular pressupõe intensa preparação.


Na faculdade, a obtenção do sonhado diploma exige dedicação e renúncias.


A conquista de uma boa situação profissional também requer muito esforço e persistência.


Quem deseja adquirir bens de valor, e não dispõe da quantia necessária, igualmente se dispõe a ingentes sacrifícios.


Muitos multiplicam horas extras, trabalham nos finais de semana ou mantêm dois ou três empregos para melhorar a própria situação financeira.


Mas ninguém considera tais sobrecargas como um mal ou um castigo.


As lutas e renúncias envolvidas na conquista do que se almeja são encaradas de forma positiva, por mais desgastantes que se apresentem.


Entende-se que conquistas relevantes pressupõem algum esforço.


É preciso sair da zona de conforto e fazer algumas renúncias para ver os próprios projetos realizados.


Trata-se da tranquila aceitação de um aspecto da lei do mérito que rege o Universo.


Apenas convém ampliar o alcance dessa aceitação.


Urge compreender que o esforço também constitui combustível imprescindível em termos de evolução espiritual.


Sem esforço, o ser permanece como sempre foi.


Para seguir adiante, é preciso empenho.


As conquistas materiais são respeitáveis e correspondem a aspectos importantes da vida humana.


Na luta por títulos acadêmicos, boa situação profissional ou mesmo por bens, a inteligência e a vontade se desenvolvem.
Contudo, por importante que seja o que se logrou obter em termos humanos e materiais, isso inevitavelmente ficará para trás.

Tudo o que é material é passageiro e precário.


Ninguém logrará levar seus títulos e posses no retorno à Pátria espiritual.


Mas os tesouros espirituais, esses jamais se perdem.


Bondade, pureza, amor ao trabalho, honestidade, humildade, paciência e capacidade de perdoar são conquistas imperecíveis.


Quem conseguir incorporá-las em seu ser jamais deixará de possuí-las.


O homem virtuoso leva em seu íntimo um tesouro de paz para onde quer que vá.


Por certo é necessário esforçar-se para ser digno e bondoso, notadamente em um mundo ainda marcado pela corrupção.
Entretanto, esse esforço realmente compensa.

Afinal, ele viabiliza deixar para trás as experiências dolorosas inerentes aos estágios mais primários da evolução.